era um tempo feito de verde-infinito
era um tempo de água suave e neblinas
era um tempo de silêncios sem notícia
e a ondulação leve carícia contra o cais
era um tempo de flores e voo de aves
era um tempo inventado sem jamais
era um tempo só de azul das maresias
e amarras nunca mais – oh nunca mais
e era sempre esse mar todo a fluir
e era tanto de mim na brisa da tarde
e essa imensa vontade de sorrir
quando ao rés do choro o coração nos arde
e onde estavas enfim se te procuro
e o encontro resta em vão perto da prece?
e porque fica tão obscuro o desinteresse
quanto vago é o que à vida a vida empresta?
mas o verde e o azul do mar estão em festa
e amarras nunca mais – oh nunca mais!…
– poema de Jorge Castro
Apontamento:
É mesmo o Gerês que está a arder, de novo?
Ainda bem que há noticiários pois, em caso contrário, como saberíamos que, nesta terra, gostamos tanto de ser des(en)graçados… Não, não! Não estou a falar dos incêndios. Eu estou mesmo é a falar do futebol…
(Pouco claro, quem? Eu?… Essa agora! Se calhar estão à espera que eu também me deixe cair na esparrela do processo em tribunal… Vade retro!)