sou burro pelas orelhas
dos meus pés às sobrancelhas
deram-me esta vida tosca
de ficar sempre com a mosca
e zurro tanto de burro
como algum outro casmurro

– e o que se lhe há-de fazer?
ó meu irmão diz-me então
se nascer burro é razão
p’ra só burro ter de ser…

foto e poema de Jorge Castro