Pronto. Acabou o devaneio campeónico. Portugal perdeu com a França, isto é, a selecção portuguesa perdeu com a selecção francesa, a qual até ganhou mal. Mas lá ganhou. A “selecção das quinas” até jogou benzinho e foi bastante roubadinha, como é costume, benza-a Deus, para nossa glória na amargura…

Agora, temos a educação, a saúde, o emprego (ou as respectivas faltas de) para continuarmos a entreter-nos.
E há o Sócrates, lembram-se?
E o IRS devolvido cada vez mais tarde.
E a gasolina cada vez mais cara.
E a criançada lusa a ir nascer à Espanha que a pariu.
E os professores à beira de um ataque de nervos.
E, porventura, os nervos à beira do ataque de algum professor.
E as estradas deploráveis.
E a morte nas estradas deploráveis.
E o selo do carro para pagar.
E o betão invadindo as câmaras.
E as câmaras à pedrada ao futuro.
E esta ansiedade de saber qual o disparate governamental que o dia de amanhã nos trará.
E as dores nas costas de um ministro talvez cansado de trazer Costas às costas.
E a idade da reforma a competir com o Matusalém.
E a espera que se desespera nos Centros de Saúde.
E os velhos que morrem de desamparo ao colo de filhos desamparados.
E o Euro. E a convergência. E a abstinência. E a complacência.
E os orquestrais analistas políticos.
E os orquestrados políticos analistas.
E…

Ora, vou deitar-me e dormir uma bela soneca, que amanhã penso nisso tudo…