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Ao Fernando
do Fraternidades
há
algures
uma nuvem que se aviva na memória do teu rosto
do teu carinho
das tuas impertinências
algures
uma nuvem que se aviva na memória do teu rosto
do teu carinho
das tuas impertinências
tenho
à minha volta
a tua voz como alimento do meu tempo
não sei chorar a tua ausência
porque não te sinto ausente
mas não sei porque o sentir-te assim presente
provoca em mim esta comoção de lágrimas
éramos dois neste caminho
mas só eu fico
e o caminho continua passo a passo
tenho e sinto esta dor a oprimir-me em fogo o peito
mas estou certo de te encontrar tranquilo em mim
sempre que os meus dias se encham de solidão.
saudades já, do OrCa
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