Reproduzindo um email recebido:

Caros amigos e amigas:
Fui ver ontem a estreia desta peça.
Asseguro que são duas horas muito esclarecedoras e bem passadas.
O bilhete é de preço convidativo e a peça pode ser vista de 4ª a sábado às 21 horas.
Desfrutem o que se vai fazendo de bom em Lisboa
Vitor Sarmento

O mistério da camioneta fantasma

No dia 19 de Outubro de 1921 deu-se mais um golpe militar contra um governo republicano. Demissão do Ministério e nem soou um tiro. O golpe nascera na Armada e tinha a chefiá-lo um dos heróis do 31 de Janeiro, o Tenente – Coronel Manuel Maria Coelho. Tratava-se, portanto, de um golpe de esquerda contra o governo de António Granjo, prestigiado combatente transmontano nas forças republicanas que se opusera a Paiva Couceiro. Este governo imprimia medidas impopulares para tentar equilibrar a bancarrota e combater o desemprego e a miséria do após-guerra.

Entretanto, durante o dia e a noite, uma camioneta começou a percorrer a cidade raptando e assassinando figuras importantes da República: o primeiro-ministro António Granjo, Machado Santos, o herói da Rotunda, Carlos da Maia, o comandante do navio D. Carlos que tinha atacado o
palácio real no 5 de Outubro e Almirante Botelho de Vasconcelos.

Conduzida por marinheiros essa camioneta de morte provocou um enorme choque emocional na sociedade que se dispôs a castigar os autores desses assassinatos de lesa-Pátria e lesa-república.
Os autores foram presos e vários oficiais absolvidos, num processo que também se quis julgador da esquerda republicana. Tudo estava resolvido, mas para várias pessoas o processo tinha várias zonas escuras.

E Berta Maia, a viúva de Carlos da Maia, dispôs-se a investigar quem poderiam ser os instigadores e autores morais desses crimes. Depois de vários encontros com o marinheiro que chefiava a carrinha, Abel Olímpio, o Dente de Ouro, este confessou que tudo tinha sido uma conspiração monárquica destinada a eliminar os autores do 5 de Outubro, e que a táctica seguida era a de “infiltrar e depois empalmar os movimentos revolucionários”. O que foi feito com sucesso. Perante estes novos dados, que se passou? Nada.

Entretanto, dera-se o golpe do 28 de Maio e foi decretado silêncio absoluto sobre os acontecimentos da noite sangrenta.”

Teatro A BARRACA

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