Ao meu amigo Rui Malheiros, grande “irmão mais velho”, que aqui há uma data de anos resolveu nascer neste dia 01 de Fevereiro:

Harmonias mal as ouço

No compasso

Deste tempo empedernido

Em que me faço

Ouço apenas os rangidos dissonantes

Do terror

Da angústia dos instantes

Cacofónicos

Chilros

Diletantes

Onde sei jamais do outro

Cor de enlace

Senão temor maior

Angustiante

Ou a mão implorando na desgraça

Do naufrágio

De um viver desperdiçado

Ainda assim quero construir os laços

De procura de outro espaço de harmonia

Que nos traga outra luz até ser dia

Na urgente companhia de um abraço.

– Jorge Castro