– Aqui se dá por encerrado este ciclo de amores paradigmáticos sob apreciação reticente, talvez um pouco cínica, até.
Nisto do amor, fique-nos o superior ensinamento do Luís Vaz, velhinho mas tão actual e oportuno: “Melhor é experimentá-lo, que julgá-lo… mas julgue-o quem não pode experimentá-lo”.

Páris e Helena



Páris do espartano Menelau cobiçou a jóia

Mais terna que ele tinha

E que era Helena

Em seus braços a levando para Tróia

Nove anos o amor durou

Quase dez

Tais quais a feroz guerra que Menelau lhes moveu

No final sobraram cinzas

Uma imensa mortandade

A descoberta precisa do calcanhar de Aquiles

E um cavalinho de pau

Julga-se que o raptor morreu

E Helena regressou aos braços de Menelau.



Conclusão –

Nestas coisas do amor

Nem sei bem o que é pior:

Será só o desamor

Que provoca inclemente desse amor o esvair-se

Ou será, contrariamente, aquele mal que não menor

De haver, por mal amar, tanta gente a imiscuir-se…