De que vale sermos a ilha
Descoberta
E não haver
Já mar nenhum
À nossa volta?
De que vale sermos a terra
Prometida
E não haver
Até nós
Qualquer caminho?
De que vale sermos o mar
Da tempestade
E não haver
Dentro de nós
Qualquer destino?
Há que ser ilha
E terra
E mar
Há que saber
Juntar em nós
Cada centelha do universo
Para então sermos
O ser uno e diverso
E assim sermos sempre um só
Por mil caminhos.
– Jorge Castro