Acredite quem quiser: à minha-senhora-de-mim, a tal que é professora, ocorreu uma palhaçada memorável e que deverá ficar nos anais (e noutras partes pudendas) da História nacional contemporânea.
A saber: tirou a si mesma o lugar na Escola onde fora colocada! Relata-se o extraordinário caso em duas linhas: concorreu ao concurso “normal” para colocação de professores e, por imperativo legal, em simultâneo concorreu ao destacamento por condições especiais (no caso, familiar a cargo).
Foi colocada numa Escola a cinco minutos de casa, andando a pé, no tal concurso “normal”, dito de efectivos…
Mas o outro concurso seguiu a sua marcha inexorável para o abismo. E não é que veio a ser destacada para uma outra Escola, por força desse segundo concurso? Só que esta fica a uma dezena de quilómetros de casa…
Atão, mas por que raios o 2º concurso não deu o mesmo resultado do 1º, já que a opção de Escola era a mesma?
Questionado o Ministério, a resposta é divinal: no 2º concurso não ficou na mesma Escola onde fora colocada no 1º concurso… porque a única vaga existente já estava preenchida – por ela mesma, esclareço eu! E, agora, há que alombar com a 2ª opção que, recorde-se, se destina a minorar sacrifícios para quem tenha a cruz de apoiar um familiar dependente
Confusos?… Não vale a pena. Assim cum’àssim, para quem anda há já trinta anos a calcorrear o país, o que é que são dez quilometrozitos, perante o chorrilho de disparates que se vêem pelo mundo?