(Proposto ao Passatempo DN – Histórias Cem Palavras – Marcado Por Um Livro)

OUTRO FADO ALEXANDRINO

Estávamos em 1984. 02 de Fevereiro, mais precisamente. Pelas três horas da manhã, insone, lia eu as últimas páginas do “Fado Alexandrino”, de António Lobo Antunes.

Do quarto, a minha companheira diz-me: “- Podes chamar a ambulância… O nosso filho está a chegar!…”

Bombeiros. Ambulância. Clínica. Tudo programado e, ainda assim, tanta ansiedade.

Pelas seis horas da manhã, em ambiente festivo e de alegria com lágrimas, nasceu o nosso filho Alexandre.

O nome foi consensual. O livro, esse só teve a sua leitura terminada algumas semanas mais tarde.