(Proposto ao Passatempo DN – Histórias Cem Palavras – Marcado Por Um Livro)

EQUADOR

Júlio Costa (Solita) esperava, na esplanada, a chegada de Esotérea, personagem que conhecera na comunidade dos blogs.

Seria para ambos o primeiro encontro efectivo, depois da troca de impressões apaixonadas, em crescendo alucinado.

A seu lado, conspícuo, o “Equador”, de Miguel Sousa Tavares, referenciava-o. Fora, aliás, o elemento aglutinador daquela relação e sinal distintivo para o encontro.

Júlio sabia, de quem esperava, a alma rica, cultivada. Ansiava pelo corpo que a enformasse.

Um leve contacto no ombro. Um sobressalto. Um homem alto, de olhos claros e cabelo desalinhado, aparentando uns quarenta anos, diz-lhe: “- Olá, Solita. Sou a Esotérea…”