(O Sol intenso das nossas praias e a sua – delas – carga humana provoca-me desiquilíbrios emocionais… às vezes.
Oh, mar salgado, quanta daquela areia, lançada ao ar, desplicente, aterrou na pacífica toalha onde eu me deitava!…)



És de truz

Oh meu petiz
– Ia a dizer catrapuz! –

Sempre tão na lufa-lufa

Trufa

Tartufa

Feliz

Cavas um túnel na areia

Grande tal qual uma ideia

Com as mãozitas que rodas

E a meninice anima

Cavando fosso profundo

E que mesmo em fraca rima

Vai lá parar aos antípodas

No outro lado do mundo

E lá vai ele terra abaixo

Como coelho na lura

Mal olhar p’ra ti eu deixo

Inquieta criatura!…

Que nem por pás

Ou por pés

Por pis

Por pós

Ou por pus…

Como saber onde estás

Se não és onde te pus?

– Jorge Castro