Pois foi e soube a pouco. Dia 25 de Junho de 2004, nadei até à Mealhada, Restaurante Simões dos Leitões (publicidade não paga) correspondendo ao escabroso apelo da São Rosas para um encontro-jantar de afectos e outras poucas-vergonhas…

Fui (fomos) recebidos pela anfitriã com pompa e cortinados. Os circunstantes, garbosos magriços das justas da Blogosfera, excederam as expectativas quanto ao decoro, apetite e arte de cavalgar toda a sela. Houve, mesmo, quem tivesse optado pelo comboio…

Os leitões, ladeando a tapeçaria vermelha, acolheram-nos com palmas e pétalas perfumadas de flores… Após a massagem tailandesa e os afrodisíacos chamuçais, directamente retirados de diáfanas vestes de um mouro do Norte, fomos degustando as opíparas partes dos leitões que se ofereciam, despudorados, sobre a mesa, envoltos em salada, molhos exóticos e regados a espumoso (branco ou tinto), gelado e a gosto. Um arroz do mar contemplava paladares mais requintados…

No fim do repasto, houve exposição de parte ínfima do profuso espólio de arte erótica da maravilhosa anfitriã, cantaram-se as Orgíadas e recitou-se a Ode, da autoria deste interessado participante, relativa ao evento.

A noite prosseguiu em Coimbra, junto às águas do Mondego, que assistiram ao culminar desta jornada sensual, com os participantes envoltos solidariamente em cobertores, que a noite refrescava… Lá para as quatro se rumou às respectivas casas.

Melhor foi experimentá-lo que julgá-lo. Dedico, no entanto, toda a emoção por mim vivida neste saudável convívio a todos os visitantes dos Sete Mares, que não deixaram de estar comigo, por alma e coração, ainda que em pungente ausência física.

Pois é, meus amigos, que se desengane quem julgar que o mundo está no caminho da perdição!