Ondulações de verde mar
A tua pele
Sempre feita de marés
Tão inconstante
A tempestade
A fúria
O mar
Do teu viver
O meu estar perto de ti
Por breve instante
Esse pulsar
Que traz da terra o teu calor
E as tuas mãos
Ruas abertas no meu corpo
Viajante
Tanto eu me sei
Quanto te quero
Onda na areia
Bruma de sais
Branca de espuma
Ais de sereia
Alucinante
Alucinada
Assim te espero
Assim te quero
Tanto quanto nem sei bem
Por desencanto
Das marés sonhando água
Por te querer mais que a ninguém
E tu não vens
Já se escondeu a Lua Cheia
E tu não vens…
– Jorge Castro
(- Isto, porque nem só de pão nem de pedras vive um homem. Por vezes, há sonhos que nos alimentam de quase nada… mesmo quando, por fim, nem vão além de não serem mais do que sonhos, que nunca aparecem, ainda que a Lua acolá venha…)
NOTA IMPORTANTE – Pela graça e pelo enlevo, vejam só, aí nas Ondulações, a desgarrada poética que a Etérea comigo manteve.