Passei, hoje, de carro, pelas obras do túnel do Marquês, em Lisboa… Passei é uma forma de dizer, pois demorei tanto por ali que nem sei se não terei por lá ficado!…

Bem, mas a questão em que meditei naqueles longos, muito longos momentos, foi esta: se o presidente Santana pavimentasse bem as vias de circulação de Lisboa; se se munisse de agentes que impedissem liminarmente o estacionamento indevido – sobre passeios, em segunda ou terceira fila, etc., etc. – e que circulassem pela cidade para controlar os energúmenos em que todos nos vamos tornando na selva do trânsito urbano, se se definisse um horário, a horas mortas, para cargas, descargas e entregas desvairadas, e sei lá que mais… não seriam estes bons passos para sentir uma lufada de ar fresco no trânsito citadino? E o dinheiro que se está a gastar no túnel, não ajudaria para tudo isto?

Não, não proponho uma panaceia milagrosa para o problema. Só estou a pensar em aligeirar o drama… e disciplinar o povão, que também é preciso. E, para tanto, não há necessidade de chicote. Fala-se de regras de bom viver, apenas, e do seu bom cumprimento.

Enfim, tal como aconteceu com a autoestrada de Cascais, fica-nos a certeza de que teremos melhores vias para chegarmos mais depressa aos fatais engarrafamentos da selva. E, ainda por cima, pagando, que o português é danadinho para pagar estas tretas!…

Esta objectiva estupidez já será herança genética? Ando preocupado…