jornal i, SIC e TVI, o mesmo combate
– asquerosidades da desinformação que temos…

O jornal i colocou, ontem, em parangonas de primeira página, a notícia falsa de que Sampaio da Nóvoa ponderava desistir das eleições. 
Isto logo depois de o PS ter decidido a «liberdade de voto» (a expressão é dos jornais) aos militantes para as presidenciais, como se essa directiva fizesse algum sentido. Liberdade de votar num candidato à presidência da República? Mas isto anda mesmo tudo embriagado, não anda…? Pode haver algum partido que condicione oficialmente o voto dos seus militantes?

Porém, o que interessava era aproveitar o ensejo para promover a mistificação perversa, de golpe baixo, e fazer «depender», na opinião pública e a martelo, Sampaio da Nóvoa ao apoio do PS que o próprio, enquanto apoio institucional, repudia desde o primeiro momento em que se propôs à presidência. Apoio institucional do PS ou de qualquer outra formação partidária, diga-se.

Sou disso testemunha pessoal e presencial.  

Logo a seguir, de manhã muito cedo e como ouvi na Antena Um, a candidatura de Sampaio da Nóvoa negou categoricamente aquela aldrabice soez do i.
Sampaio da Nóvoa, em entrevista de ontem mesmo, à TSF desmentiu, pessoal e peremptoriamente, aquela mesma aldrabice.
Então, porque carga de alhos é que a SIC e a TVI repetiram a aldrabice em voz alta e em prolongado rodapé, durante os noticiários da noite? Porque o candidato deles é, em exclusivo, o professor Marcelo malabarista?
Enfim, por pulhice. Por banditismo. Por desinformação deliberada. Por falta de qualquer ética jornalística. Porque a canalhice se guindou ao poder e por vivermos num Portugal feito de impunidades.
Por vezes, até percebo por que tanta malta nova queira emigrar…   

A verdade é que hoje estamos (politicamente) muito melhor do que ontem…

Sim, sim, deixemo-nos de tretas marteladas até à exaustão pelos confrades da «comunicação social». Vejamos, muito objectiva e telegraficamente:
1. O PS perdeu as eleições que, porventura por razões de oportunidade conjuntural, não queria ganhar. Logo, teve uma clara vitória eleitoral.
2. A coligação – que dizem ter ganho as eleições – funcionou bem como um seguro de vida para o CDS tendo, entretanto e pelo caminho, perdido tudo o que legitimava a sua arrogância governativa.
3. O BE provou que a esperança é a última a morrer e que há, na verdade, mulheres que podem, devem e merecem governar um país como o nosso… mas de outra maneira.
4. O PCP manteve-se, como é seu apanágio, firme e hirto, até com mais um deputado, para não se acabrunharem demais as hostes.
Cavaco, no seu retiro transcendental anti-republicano, irá dar o governo a quem tem de ser, contando, como até aqui, com a Alemanha e com Bruxelas, mas com uma certeza funesta: tratar-se-á de um governo parlamentarmente hipotecado e a prazo.
A partir de hoje e até às próximas, os políticos que temos carecem de outros cuidados sempre que abrirem a boca.
Viva a República! 
Notinha de rapa-pé: Com que então a abstenção desceu, hein? Mal encerrou a última urna e lá vieram os gurus de serviço elogiar o bom povo português pelo «decréscimo» da abstenção em relação a 2011… e, vai a ver-se, ela até aumentou e bem!
Em boa verdade vos digo, irmãos, que se eu mandasse o voto seria obrigatório e os faltosos sem justificação haviam de ser contemplados com uma qualquer coima, a bem da nação. Coisa a estudar cuidadosamente, claro, mas assertivamente. 
Isto de se colher (sempre que possível) o melhor de cada mundo e assumir a pose enfastiada de não votar por qualquer motivo sempre manhoso é, em minha modestíssima opinião, uma falta de vergonha sem nome e apenas digno de apátridas. Aqui fica, à consideração…

diário de campanha – momentos de reflexão (5)

É sempre tempo de aprender… Mas uma coisa que já a minha avózinha me ensinava…
… era que nada nos cai do céu, para além daquilo que a meteorologia nos mostra… e mesmo nessa há que acreditar com muitas reservas.
Vá lá a sair de casa para mostrarmos que ainda somos gente, pode ser?