reflexões da gripe
– lemas…

Nos tempos salazarentos, lembram-se, decerto, do grande lema do regime:

Deus, Pátria e Família 

Agora que, como todos sabemos, as coisas estão muito mudadas – vá lá saber-se para onde… –  há um novo lema que nos anima:

Adeus, Pátria e Família 

reflexão (algo mórbida, convenhamos…)

Da Lusa, em 02 de Fevereiro:
Mortes em excesso “por todas as causas” ultrapassaram as seis mil em duas semanas.
Será caso para se apurar se, em Portugal. se está a morrer «custe o que custar»?  
Porque à míngua de quase tudo para tantos e com a Saúde inacessível a tantas bolsas, haverá talvez aqui uma mórbida relação de causa-efeito que nos amesquinha o viver…

Restará aos sobreviventes apurar, também, quando o processo histórico o permitir ou aconselhar, se depois de salvos os anéis, não teremos todos ficado manetas.

memorando reflexivo contra a crise

Com a devida vénia ao sítio www.tabonito.pt, de onde recolhi a informação e imagem abaixo, aqui vos deixo uma pequena reflexão acerca dos tempos acrisolados que insistem em nos querer fazer viver, para nos amarfanharem o direito que temos de… viver.
Por outro lado, na VISÃO de 30 de Abril de 2009, pode ler-se:
O número é gordo: 810 891 euros. Foi este o salário médio que cada administrador executivo, de dez das maiores empresas portuguesas cotadas em bolsa, ganhou ao longo de 2008. Um rendimento 136 vezes superior ao de uma pessoa que tivesse auferido o salário mínimo em vigor durante o mesmo ano. Veja as contas: 14 meses x 426,5 euros = 5 971 euros. E um português que ganhe um salário médio estimado em torno dos mil euros necessitaria de duas vidas para conseguir um rendimento igual ao que um daqueles gestores aufere num ano.

Apesar de alguma desactualização da informação obtida na VISÃO (Abril de 2009), podemos, ainda assim, ajuizar que com a disparidade verificada no referencial social que o salário mínimo não pode deixar de representar e coexistindo ele com tais «pináculos» remuneratórios dos gestores, ainda para mais gente ininputável e em quantidade imensa, talvez resida aqui uma prova dificilmente contestável da origem e manutenção da dita «crise» que afecta o mundo, com especial incidência na Europa e com curiosas particularidades em Portugal.   

Pelo caminho, hoje encerrou mais um serviço de urgência, desta vez no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Ouvi dizer que tinha uma afluência média de 190 pessoas por dia. Nada de muito relevante, pois.

Não pude confirmar estes dados. Mas o Ministro da Saúde parece que pôde, pois disse o senhor ministro que tinha estudos a justificarem que uma cidade como Lisboa apenas deve ter três serviços de urgência hospitalar, dado o número de hospitais que circundam a grande urbe.

Valham-nos estes homens que dominam os números, já que os números, esses, quando toca a caírem sobre nós quando temos de recorrer a uma urgência hospitalar, ainda nos pesam mais do que os ministros. Honni soit…

enormíssimo intervalo para as coisas importantes
– a crise segue dentro de momentos

(Pode lá haver crise quando este é o nosso património!
Proponho-vos um momento breve de silêncio contemplativo…)

Do olhar de uma Suzana muito amiga directamente para os vossos corações,

aqui vai uma pequena amostra da beleza do Douro no fim do mês de Outubro.

– Terras em redor da aldeia de Santa Eugénia, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, Trás-os-Montes e Alto-Douro

Saudações outonais.