quanto vale o efémero da flor
que se abre ao dia numa alvorada
e que vive
no mais intenso fulgor
e fenece
mal acaba essa jornada?

teve um dia de glória
um apenas
duras penas que passou
p’ra ser mostrada
mas teve ela de pungente uma vitória
a de ser flor de um dia
e desvendada

– fotografia e poema de Jorge Castro