Também por lá deixei o meu modesto contributo:
No II Encontro d’A Funda São
Aqui estamos uma vez mais reunidos
Alguns mecos que dão corpo ao manifesto
Talvez poucos, porventura, mas unidos
Que dos outros nem reza a História, de resto…
E embora sendo poucos, somos tantos
Quantos somos e que ninguém se apoquente
Que, afinal, nós seremos tantos quantos
Os que formos a vogar nesta corrente
Ao leitão, outra vez, à cabidela
Ao vinho branco e fresco, e ao marisco
E àqueles que não alcancem a gamela
Mandaremos, por email, ar do petisco
Esta é, companheiros, a Funda São
Que só dá subsídios p’rò remanso
E fundidos, refundados – porque não?…
Nós cá estamos, p’lo Simões, no afundanço
Celebremos, pois, amigos, a amizade
Neste mundo a um passo do caótico
Onde, por nosso grande mal, mas na verdade
“Nem tudo o que nos fode é erótico!”
Vai de erguer, com fervor a nossa taça
Ao deus Baco e também à deusa Vénus
À Afrodite, a Marte e à populaça…
Nem tem jeito que o brinde seja por menos!
Pois se é certo que esta vida são dois dias
E que até um se perdeu já neste enredo
Deixemo-nos de merdas e agonias
E bebamos desta vida sem ter medo!
– Jorge Castro (OrCa)
19 de Novembro de 2004