Passam 500 anos e a malta esquece-se de que tem (devia ter…) à mão de semear um dos nomes maiores da poesia mundial.

Também porque a poesia é (pode/deve ser…) um momento de reflexão sobre a vida e nem sempre com flores, rodriguinhos ou mariposas, mas com a nudez crua da verdade.

Relembrem – mas saboreiem cada palavra, se fizerem o obséquio – estas suas breves palavras

Ao Desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado.

– Luís Vaz de Camões