Na Reserva Florestal de Recreio da Prainha (São Roque do Pico) pode fazer-se um passeio aprazível por entre vegetação muito variada. Nela se encontra esta casa típica do Pico.
E para que não se cuide que, entre tantas maravilhas, deixei por lá perdido o meu sentido crítico, veja-se este exemplo de um poste tão estrategicamente colocado em frente a um miradouro, situado na Reserva Florestal de Recreio da Prainha.
Nem o horizonte seria a mesma coisa sem ele…
Como se não bastasse a profusão de hortências que propiciam um ambiente tão peculiar a todas as ilhas dos Açores, ainda fui encontrar variedades da planta. No caso e salvo erro, estamos em presença da hortência coroa (ou coroa da rainha).
Visita guiada à Gruta das Torres. Esta gruta é de origem vulcânica e é o maior túnel lávico do arquipélago dos Açores.
Fica a uma altitude de 285 metros e possui cerca de 5 quilómetros de comprimento e uma altura máxima de 15 metros. Possui um túnel principal de grande dimensão e vários túneis menores de estruturas variadas na parte superior e laterais.
Um apontamento: acompanhou-nos um guia excelente, senhor de um humor notável. Escapou-me o nome, mas aqui fica a referência mais do que merecida
No interior da Gruta das Torres, estalactites formadas pelo arrefecimento da lava.
No solo da gruta, outra curiosa formação criada pelo deslizamento da lava.
Nas «paredes» da gruta outra formação curiosa que parece ter sido feita por mão humana.
No chão da gruta, uma «formação» que não deixa, também de ser curiosa: garrafas cheias de vinho do Pico, em maturação, aproveitando as condições muito específicas do interior da gruta.
(Não, lamentavelmente, não está disponível para visitantes…)
Ainda uma formação curiosa no chão de lava da Gruta das Torres. A esta chamam-lhe a «cabeça da baleia», o que parece razoavelmente apropriado.
Gruta das Torres – Já a esta chamarem-lhe «Mona Lisa» requer o seu quê de imaginação criativa.
Gruta das Torres – o ponto final da nossa intrusão na gruta e da visita guiada. Daqui para a frente só especialistas, existindo até vários trechos bastante «constrangidos».
Gruta das Torres – o fim da saga dentro da saga. De regresso à superfície, após uma hora e picos em absoluta escuridão, apenas rompida pela luz das lanternas individuais, não deixa de nos proporcionar um muito discreto suspiro de alívio…
As célebres e, no caso, celebradas cracas. Não foi fácil chegar a elas mas com a boa vontade do restaurante da Ponta da Ilha e encomenda prévia, travei conhecimento com mais um delicioso pitéu!
O Farol da Ponta da Ilha.
Mais um ser autóctone que nos veio cumprimentar.
A ponta da Ponta da Ilha. Ao fundo, São Jorge e muito, muito mar…
E as plantinhas de um verde vibrante a colonizarem, passo a passo, o chão de lava.
Na Casa dos Vulcões, em São Roque do Pico, uma janela sobre a ilha.
No ancoradouro da Madalena, a caminho de um almoço e a fazer horas para o regresso, com o Faial em fundo.
O avião do regresso. Bom serviço da SATA, como apontamento final.
Mas, com tanta magnificência tão portuguesa, porquê, meus senhores, «Azores» por tudo quanto é sítio? Os turistas não usam, lá por casa, o C cedilhado? Temos pena. Deixem-se de parolices, ó senhores mandantes, tende vergonha na cara e vaidade no que é nosso… e que o Pico tão bem representa!
De uma assentada, desvirtua-se o Português e enterra-se o legítimo orgulho. Fica só a subserviência.
O derradeiro aceno do Pico que, bom companheiro, se guardou para nós, com o seu cabelo de nuvens, no final desta «saga».

Um destino magnífico. Visitem-no, se puderem… mas não levem pressa. Estas coisas degustam-se melhor devagar e com os sentidos todos bem despertos.