Ei-los, em 25 de Outubro, por Óbidos, com açúcar e com afecto…
Não há muito para dizer para além do que por lá foi dito, ficando, assim, tudo por dizer para quem lá não foi. Na verdade, nestas vidas participativas… o interessante é mesmo participar, se me permitem a redundância jocosa. O relato posterior tem, como sabem, sempre muito menos graça.
Um dos ex libris da FÓLIO de 2015, o Elefante Salomão

A convite de José Pinho, da livraria Ler Devagar e pela Casa dos Poetas, foi-me proposta a organização de uma sessão de poemas que, inevitável e gostosamente, tive de associar aos tempos gloriosos da Poesia Vadia, na Ler Devagar do Bairro Alto, sob a égide de Pedro Mota, entre 2000 e 2005, grande alfobre de neófitos nos árduos caminhos de um poema. 
Assim, do mesmo modo e pelo mesmo modelo, entendi por bem estender o convite a quantos amigos quisessem partilhar comigo aquela oportunidade.

– Jorge Castro

Como amiúde ocorre nestas «vidas», um pequeno desfasamento temporal fez-nos aguardar que a porta do interessante local onde a sessão iria ter lugar se abrisse, o que nos proporcionou um tempo extra para colocar conversas e projectos em dia. 

Eis que, entretanto, a porta se abriu para apurarmos porquê um poema?… 

– Walter Lopes, que pontuou toda a sessão com a sua mestria

– Jorge Castro

parte do grupo de convidados

– Ana T. Freitas

– Rosário Freitas

– Francisco Queiroz

– Eduardo Martins
– Alzira Carrilho 

– Ana Maria Patacho

– Carlos Peres Feio

– Maria Diniz

– uma ilustre desconhecida de quem, lamentavelmente, não retive o nome; alguém sabe?

– ao centro, Maria Mestre que se esquecera da voz em casa, pelo que encontrou alguém que lha emprestasse, na pessoa da Ana T. Freitas…
E lá fomos, ronda a ronda, sem rumo predeterminado e sempre tendo em vista o horizonte, que se quer virtual, fugaz ou passageiro… 

Não eram muitos os lugares para a assistência, que foi evoluindo ao longo da sessão e ao sabor das chuvadas que se entretinham a pontuar o fundo musical do Walter Lopes com uma cadência muito própria. Entretanto, pela vila de Óbidos, decorriam muitos outros eventos literários, em simultâneo, Ou seja, entre a chuva e a «concorrência», a mão-cheia de assistentes que por ali foram passando, acabaram por ser uma verdadeira multidão…  

O Elefante Salomão partiu, então, para outras paragens, segundo tudo leva a crer, até ao próximo ano.

Momento de despedida feérica e algo olorosa…

O nosso anfitrião, José Pinho, da Ler Devagar, surpreendeu-nos com o convite para um jantar que nos caiu muito bem, que isto de amar muito também cansa, mas cujo anúncio muito tardio não permitiu, com grande pena nossa, que todos pudessem estar presentes.

E militantemente regressámos à Casa dos Poetas, para as rondas finais – pois que a sessão estava aprazada até às 24 horas – e nunca é demais qualquer oportunidade para uma boa mão cheia de afectos temperados com poemas, assim a modos que digestivo de circunstância… e até para o ano!
– Fotografias de Lourdes Calmeiro