O jornal i colocou, ontem, em parangonas de primeira página, a notícia falsa de que Sampaio da Nóvoa ponderava desistir das eleições. 
Isto logo depois de o PS ter decidido a «liberdade de voto» (a expressão é dos jornais) aos militantes para as presidenciais, como se essa directiva fizesse algum sentido. Liberdade de votar num candidato à presidência da República? Mas isto anda mesmo tudo embriagado, não anda…? Pode haver algum partido que condicione oficialmente o voto dos seus militantes?

Porém, o que interessava era aproveitar o ensejo para promover a mistificação perversa, de golpe baixo, e fazer «depender», na opinião pública e a martelo, Sampaio da Nóvoa ao apoio do PS que o próprio, enquanto apoio institucional, repudia desde o primeiro momento em que se propôs à presidência. Apoio institucional do PS ou de qualquer outra formação partidária, diga-se.

Sou disso testemunha pessoal e presencial.  

Logo a seguir, de manhã muito cedo e como ouvi na Antena Um, a candidatura de Sampaio da Nóvoa negou categoricamente aquela aldrabice soez do i.
Sampaio da Nóvoa, em entrevista de ontem mesmo, à TSF desmentiu, pessoal e peremptoriamente, aquela mesma aldrabice.
Então, porque carga de alhos é que a SIC e a TVI repetiram a aldrabice em voz alta e em prolongado rodapé, durante os noticiários da noite? Porque o candidato deles é, em exclusivo, o professor Marcelo malabarista?
Enfim, por pulhice. Por banditismo. Por desinformação deliberada. Por falta de qualquer ética jornalística. Porque a canalhice se guindou ao poder e por vivermos num Portugal feito de impunidades.
Por vezes, até percebo por que tanta malta nova queira emigrar…