Muito para além dos «resultados das sondagens» que nos perturbam e esmagam este tempo de suposta reflexão pré-eleitoral  – ah, que quando eu mandar, a sua divulgação pública há-de ser proibidíssima por constituir perversão antidemocrática… -, interessa ao cidadão olhar à sua volta com os olhos que a sua consciência cívica e comunitária lhe ditem.
Tentarei, pois, reflectir neste espaço algumas imagens e parcos comentários, extraídos da actualidade muito recente que constituam elemento objectivo (tanto quanto possível) de prova quanto ao estado a que isto chegou, como diria o Salgueiro Maia.  
E cá vai a primeira:
– Todos os dias, a partir das 6 ou 7 horas da manhã, na praça de Entrecampos, Lisboa, qual lugar de peregrinação das almas aflitas, constitui-se uma longa fila de cidadãos, à porta dos serviços da Segurança Social… cujo edifício, aliás, tem vindo a deixar cair algumas partes de si mesmo, face à sua relativa vetustez e notória falta de manutenção.
A fila já tem, por sobre si, um coberto de protecção, ou não fosse aquilo a Segurança Social…