tenho pouco além do sonho para dizer
ou da palavra inventada qual couraça
e no entanto faço sempre por trazer
a palavra ao pelourinho da praça
vou com a vida pela mão sempre inseguro
por me ser tão obscuro o amanhã
mas sabendo muito bem que o futuro
chega sempre muito cedo pela manhã
ouço em mim gritos mil de desespero
e transporto o desconforto desse fado
mas maior – bem maior é o quanto eu espero
receber do futuro em mim legado
que é feito passo a passo e vida fora
com as mãos que são minhas e são tuas
a cruzar limiares em cada aurora
pelas casas muros pontes rumos ruas…
– Jorge Castro
abraço, Poeta.
excelente.
como eu te "invejo" essa poesia genuína e clara.
Olha quem fala…