Amizades,
Com tanta mensagem natalícia nesta infinidade de meios comunicacionais, confesso que hesitei em perturbar a vossa paciência com mais uma… Mas cá fica, porque sim, no entanto com o pedido expresso (ou delta café, se preferirem…) de ela não carecer de resposta. Considera-se, pois, automaticamente respondida (por este ou por qualquer outro meio), para vosso alívio e conforto – fica, assim, de mim uma pequena prenda sem jeito mas sem encargos de qualquer espécie.
Porquê, perguntar-me-eis. Pois pela profunda consciência de que não há – para ninguém – tempo ou disponibilidade para se responder aos milhares de mensagens recebidas que os novos meios de comunicação existentes proporcionam. 
Por mim, o simples facto de estar a enviar esta mensagem, significa tão-só que cada receptor que por se passeie teve, nalgum momento, e tem importância na minha vida. Daí a resposta não ser necessária, por razões que eu presumo óbvias. 
E cá vai:

Neste natal…

neste Natal
que ressalta
no sobressalto em que passo?

não me dês as boas-festas
que talvez te façam falta…
empresta-me o teu abraço
e relembremos as gestas
onde em nós luzia apenas
alguma estrela no olhar
onde eram tão pequenas
as prendas feitas de afectos
entre os avós pais e netos
mas tão grandes no cuidar
prendas tão mais solidárias
conjugando a vozes várias
as formas do verbo amar

neste Natal sem poesia
dá de ti tão simplesmente
o que de bom tens p’ra dar
esse abraço
a companhia
e muito principalmente
a alegria sempre urgente
que tu possas partilhar…

Dos «políticos», transitórios e circunstantes, havemos de saber que estão de passagem, Nós, não, estamos para ficar. Por algum tempo, talvez, mas muito mais dilatado que aqueles. E cá estamos.
Então, festinhas das melhores para todos, um prazenteiro 2015 e, sim, com um forte abraço de

Jorge Castro (OrCa)

(Nota de rapa-pé – Esta a mensagem que remeti a todos os elementos constantes da minha extensa lista de endereços. Como seria previsível, ela colheu, afinal, uma magnífica girândola de respostas em forma de poemas, desenhos, singulares manifestações solidárias, ecos múltiplos que, para vos falar com franqueza, enriqueceram o meu Natal. Assim, pois, o meu reconhecimento, publicamente lavrado, a quantos tiveram paciência para me ler).