E, ainda: «Foi-nos dito que não podíamos falar português com os miúdos e que eles também não podiam falar português entre eles, é uma regra da casa”, diz uma funcionária portuguesa de um estabelecimento público em Esch-sur-Alzette. (ver artigo completo aqui).
Segundo esta notícia, a circunstância decorre do facto de, no Luxemburgo, se admitir apenas o diálogo em seres viventes e pensantes em francês, alemão ou luxemburguês. 
Eu sei que a soberania dos países é uma coisa muito bonita. Eu também sei que uma comunidade como a portuguesa num país imenso como é o Luxemburgo é uma coisa-pouca e que ninguém convidou os lusitanos a emigrarem para lá, mas quem manda lá para aquelas bandas não considerará esta medida assim a modos que fascistóide? 
Que diabos, ainda por cima é só a quinta língua mais falada no mundo, o que devia até alegrá-los pelo cosmopolitismo qualificado. 
Podemos imaginar-nos a proibir, por exemplo, falar crioulo aos nossos residentes cabo-verdianos (já tantos deles até com nacionalidade portuguesa, como porventura ocorrerá, mutatis mutandis, aos nossos emigrantes no Luxemburgo)? 
Ou, mesmo, exigir a um luxemburguês em gozo de férias no território português que fale a nossa língua sob pena de o deixarmos morrer à fome e dormindo na rua…?
Se a exigência se reflectisse no imperativo de falar com um luxemburguês na língua do Luxemburgo, ainda se perceberia. Mas as crianças entre si… Em boa verdade se verifica: a estupidez campeia!
E, nos corredores do (nosso) poder, ninguém vem a terreiro pronunciar-se sobre estes direitos?