Em primeiro lugar, dando a cara por uma omissão imperdoável, referir com aplauso, amizade e carinho, o envolvimento, na organização do evento, de Rosário Rodrigues, representante da Associação 25 de Abril. Cumplicidade e empenho, ingredientes com os quais sempre tenho o prazer de saber contar, vindo que quem vêm. 

Depois, os culpados – Arthur Santos, Manuel Branco e Jorge Castro – , ainda em fase de acerto de agulhas – que nunca é aconselhável que de tal acerto provenham limitações… -, preparando o que lá viria. 

O coronel Nuno Santos Silva, assumindo-se como anfitrião e, assim, em nome da direcção da Associação 25 de Abril, na apresentação e mensagem de boas-vindas, acrescentando à sessão um especial «aperitivo» através das referências feitas ao ser e estar de que o 25 de Abril foi feito.  

Alguns aspectos da sala, participativa e interessada, onde, no entanto, não devo deixar de referir a ausência de muitos «companheiros de estrada» que se ficaram pela promessa, fácil e «barata», de comparência através dos facebooks  habituais… mas que não foram além disso.
Olha lá se no 25 de Abril de 1974 tivesse acontecido o mesmo…
Honra acrescida, entretanto, aos que compareceram, os que fazem sempre mais falta!

De seguida, com determinação, empenho e – porque não dizê-lo? – com militância pela Democracia, pela Liberdade e pela cidadania participativa, fomos desenvolvendo a nossa ronda… 

… de poemas a bem do refrescamento constante dos ideais de Abril, em três respirações distintas mas sempre convergentes e cúmplices, determinadas em atingir um objectivo assumido como comum.

Três vozes, três vivências, três criadores de poemas que partilham, entre outras, e premência de trazer a poesia à rua, como inspiração e força motriz dos mais altos voos do pensamento, esse tal que não há machado que corte…  

Também sem atropelos e, no entanto, com toda a liberdade individual assumida, fomos perpassando pelas palavras que consideramos serem precisas, imperiosas e urgentes em cada momento das nossas vidas, mas com um pendor claro para a actualidade, abrindo os tais caminhos que nos dizem ser a poesia essa arma carregada de futuro.
Foi chegado o momento de partilhar o espaço de participação com quem se afoitasse a trazer-nos um poema. E assim foi, com:

– Rosário Freitas

– Ana Freitas

– Eduardo Martins

– José David Silva

– Rosário Narciso

E assim se cumpriu esta acção… que, entretanto, teve condigno remate em convívio com pataniscas e fados, logo ali ao lado, que o retempero dos corpos deve acompanhar o dos espíritos.. 
25 de Abril, sempre! 

– Fotografias de Lourdes Calmeiro e de Rosário Narciso