Antes de mais, o aquecimento, pois a prova adivinhava-se exigente. Para tanto, contou-se com um cozido à portuguesa, ali pelo restaurante O Selim, nas Caldas da Rainha, em boa companhia de comes e bebes.

As hostes encontravam-se já reforçadas por briosos mancebos vindos do norte, em romaria…

Depois, rumou-se à Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, para a programada apresentação dos meus Outros Poemas de Menagem, com distribuição livre, apenas com a sugestão de donativo voluntário em favor da Associação Humanitária dos Bombeiros de Carcavelos e São Domingos de Rana, como tem sido hábito no trajecto que este livro tem vindo a percorrer.

A sala apresentava-se confortavelmente preenchida, à nossa chegada… 

..e melhor ainda foi ficando ao longo da sessão.

Coube a Palmira Gaspar a abertura solene mas informal da sessão, proporcionando aos presentes uma visão global daquilo com que poderiam contar…

… logo depois sequenciada por Carlos Gaspar, ambos da Comunidade de Leitores e Cinéfilos das Caldas da Rainha
e incansáveis organizadores deste e de tantos outros eventos; Carlos
Gaspar que nos apresentou os quatro jovens músicos do Conservatório de
Música das Caldas da Rainha
, que amavelmente se associaram a esta apresentação, inaugurando-a: 

Beatriz Morais (violino)

Ruben Tavares (acordeão)

Catarina Oliveira (violino)

Helena Caldas Lopes (piano)

Na «ordem natural das coisas», passou a palavra para a minha querida amiga e editora, Fernanda Frazão, que me proporcionou – se os demais presentes me perdoam o egoismo – uma dessassombrada quanto emocionante apreciação do meu percurso, nestas e noutras lides… que o pudor me impede de mais comentar. Apenas isto: outra vez e sempre, o meu grande abraço, Fernanda!

Logo mais, e após providenciar a distribuição do livro pela sala, coube-me a mim continuar…

… através da exposição das minhas razões – obviamente muito ponderosas – que justificaram a feitura de mais um livro de poemas – estes de bem-dizer – em percurso alongado sobre as referências muitas da minha vida, que me ajudam a ser aquilo que sou… enfim, para o melhor como para o pior, dir-se-á.

A discurseta foi sendo entremeada com a leitura de alguns poemas do livro, dando-se realce maior àqueles que, de algum modo, colhem sugestão ou referência nas Caldas da Rainha, nas muitas passagens que por lá já conto.

Foi a vez de entrarem em cena o Mário Piçarra

… e a Heloisa Monteiro, amigos e companheiros que trouxeram de si do melhor que têm para dar: algumas composições originais do Mário – algumas até com poemas meus -, além de outras das suas superiores referências musicais, belamente acompanhadas pela Heloisa, que também a solo nos proporcionou uma prazenteira viagem, preenchendo a sala de afectos.

Ia boa a tarde e a cumprir-se o dia, quando, em boa hora, desafiei os compinchas da Tuna Meliches, que se encontravam presentes e com quem desfrutei, gloriosamente, dos momentos mais galhofeiros da minha vida, a darem um ou vários arzinhos da sua graça, já que se encontravam musicalmente equipados – refira-se, a talhe de foice, que tendo eles feito a sua deslocação às Caldas da Rainha de comboio, aproveitaram (como sempre) o ensejo de dar música durante a viagem a quem com eles partilhasse a carruagem…

Os desafios multiplicaram-se…

… e a fotógrafa estava lá!

… A récita alargou-se…

… do Alentejo chegou um passarinho que cantou, assobiando, e ainda não eram as quatro da madrugada…

… e vá lá saber-se como, o coro alargou-se à plateia…

… em memorável comunhão de gritaria!

Aida Reis, enquanto responsável por aquele espaço e nossa muito amável anfitriã, encerrou a sessão…

… que estava já muito para além da sua hora de encerramento aprazada, congratulando-se com a alegria e vivacidade que todos emprestaram à festa – que o foi, na verdade e para além de outra qualquer coisa.

Finalmente,o inevitável mas devido exercício a favor da tendinite, aproveitando-se o tempo para os últimos abraços… até à próxima.
E, assim, Outros Poemas de Menagem se cumprem, dando azo a outros mais, em espiral de eterno retorno, que é, afinal, a razão de ser desta aventura.

Bem hajam e podem ir contando comigo, como eu conto convosco.


(Nota de remate, fora do contexto mas contextualizável: por pudores que assumo, não vos referirei o montante recolhido através do tal dinativo a que acima se faz referência e que os Bombeiros de Carcavelos agradecerão, mas sempre posso avançar que também ele excedeu as expectativas.Nada faltou, pois, até ao remate feliz deste evento.)

– Fotografias de Lourdes Calmeiro… além de outras três da Tuna Meliches