Contámos, com contas, contos e cantos, mas essencialmente com os nossos convidados, Carlos Augusto Ribeiro, Ana Paula Guimarães e Adérito Araújo (nessa sequência, da esquerda para a direita, na imagem abaixo)…
… para nos ilustrarem sobre inesperadas ligações, articulações, enlaces, enfim, as cumplicidades entre a Literatura e a Matemática, saberes entretanto sedimentados nesse livro em volta do qual se realizou esta sessão das Noites com Poemas.
– Ana Paula Guimarães, sempre envolvida em palavras, nos seus jogos e fruição, comunicativa por todos os poros e sempre trazendo consigo o alento necessário e urgente que esses verdadeiros nós entre nós, que são as palavras, nos propiciam.
– Adérito Araújo, de Matemática literalmente vestido, transbordando complexos mas desafiantes conceitos que nos levaram de passeio por entre o caos e até ao infinito, tantas vezes ao colo de um poema.
– Carlos Augusto Ribeiro, que nos propôs uma visita guiada a outros modos de ver (sentir? aperceber?) as palavras, os símbolos que nos rodeiam e enformam, que podemos recontextualizar ou recombinar até ao infinito, também, promovendo outros enlaces, outros entendimentos, outras desvairadas conjugações, tantas quantas o engenho humano se disponha a criar, interpretando.
Pelo caminho e por entre eruditas abordagens aos temas em apreço, saltava, a cada passo, um poema destinado a ilustrar a evidência do que ficava dito e que tem vindo a ser tratado por miríade de autores, tal como o livro Contas x Contos x Cantos e Que +, Cumplicidades entre Literatura e Matemática documenta.
Por fim, como tão bem parece sugerir a imagem seguinte, culminou em êxtase – perdoa-me a brincadeira, Ana Paula… -, ainda que de pés bem assentes na terra, este breve trajecto por saberes que, afinal, se complementam, que compõem e integram o que ao ser humano respeita, saberes que se enriquecem nessa complementarideade e que, assim, dão a si próprios outro sentido, assim como dão, nessa sua envolvência, um sentido mais claro à Vida. Às nossas vidas.
Digo, pois, com todo o à vontade que assim se cumpriu o objectivo deste nosso encontro.
Na parte final e na sequência do que é a matriz destas nossas sessões, afoitou-se quem se afoitou a dar voz aos poemas que o tema da sessão sugeriu ou, até, aqueles outros que apenas a sua vontade ditou…
– Hélio Proença
– Francisco José Lampreia
– Eduardo Martins
– Emília Azevedo
– Mário Baleizão
Não chegaram até nós, pela distância, os sons diversos da vizinha Lisboa que por lá orquestradamente agitavam os ares e as gentes, ocorrendo em simultâneo com esta sessão das Noites com Poemas. Mas terá sido, também, este o nosso contributo para o combate ao silêncio das vozes e ao vazio de ideias em que alguns parecem querer mergulhar-nos. E alegremente o fizemos.
A sessão de autógrafos
– Fotografias de Lourdes Calmeiro
…e a música esteve à altura da matemática? As relações entre a matemática e a música são muito antigas (li na enciclopédia), e eu acrescento, e nem sempre pacificas (lol) !
Não tenho participado por falta de força anímica (onde é que eu já ouvi isto?), mas acredito que passando a ter apoio psicossocial, através da proteção civil, apareça um dia destes!
Abraços aos amigos! cpfeio –
Tens feito falta… Até para bater palmas, compassadamente, ao som da «música» tró-la-ró… ;-)»