«Foi bonita a festa, pá, fiquei contente…». E é assim, com este expediente de recurso a Chico Buarque, que me parece o modo mais airoso de comentar a comemoração do 10º aniversário de actividades em prol da Cultura a que se tem devotado, de corpo e ânimo, a Comunidade de Leitores das Caldas da Rainha e que teve lugar no passado dia 23 de Março, na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha.

Com essa comemoração se celebrou também o Dia da Poesia e da Árvore, bem como se homenageou, muito merecidamente, a querida amiga Fernanda Frazão, historiadora, investigadora de primeira água e responsável primeira da editora Apenas Livros. Tempo e espaço de homenagem, ainda, a este cidadão, Jorge Castro, que as voltas da vida vão dizendo que é poeta e que, vai para uma dúzia de anos, tem encontrado nas Caldas da Rainha um dos locais privilegiados de acolhimento à sua obra poética.

Como sempre, diversas e diversificadas foram, como é apanágio das organizações com o cunho da Comunidade de Leitores, as representações de forças vivas e culturalmente activas das Caldas da Rainha. A todos os participantes, nas pessoas de Palmira e Carlos Gaspar, que enriqueceram de humanidade este grande encontro de afectos, aqui lavro o meu agradecimento e deixo o testemunho de que, como sempre, me fizeram sentir em casa.
Tivemos uma alargada participação de alunos do Conservatório de Música de Caldas da Rainha:
– Ruben Belizário

– Maria João Gonçalves

– Bruno Estêvão

– Ricardo Pereira

– Os homenageados dizem de sua justiça. perante uma sala muito bem preenchida e uma audiência acolhedora…

– Fernanda Frazão

– Intervenção de Tânia Leonardo, levando à cena, na verdadeira acepção da expressão, alguns poemas do autor.

Apresentação e divulgação do «Olha-te», organização da qual respigo do seu sítio a seguinte informação:
O Projecto “Olha -Te” é dirigido fundamentalmente para pessoas doentes de cancro e respectivos familiares e consiste no acto do individuo olhar-se para si próprio e centrar-se em actividades expressivas e lúdicas que contribuam para a melhoria de qualidade de sua vida.
É um projecto de cariz social, baseado no bem-estar e na esperança de uma melhoria de vida das pessoas carenciadas pelas circunstâncias da sua enfermidade. Praticar quotidianamente actividades artísticas e trabalhos manuais com um sentido prático e belo. Despertando, assim, a sensibilidade artística num trabalho regular, torna-se possível a fortificação da vontade do indivíduo do conhecimento do mundo e dos seus conteúdos.
Este projecto tem como mentora a associada Célia Antunes, a quem aos 30 anos, foi diagnosticado cancro que uma vez ultrapassado, passados 7 anos, sente e compreende a necessidade de desenvolver uma plataforma de apoio àqueles que da mesma forma lutam contra esta doença. (http://olha-te.oeste.pt/apresentacao/).

Sequenciando esta apresentação, tivemos a intervenção dos poetas:

–  Alberto Campos

– Paulo da Ponte

– Apresentação do Curso de Jazz e Música Moderna do Conservatório de Caldas da Rainha

– A nossa anfitriã, Aida Horta Reis, responsável pela Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha.

– Uma simpática e amável comunicação da senhora vereadora da Cultura e da Acção Social da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Maria da Conceição Jardim Pereira, enaltecendo a meritória acção que vem sendo desenvolvida pela Comunidade de Leitores.

– A sessão prosseguiu com a leitura de novos poemas do autor, reflectindo e discorrendo sobre os penosos e suspeitos dias que atravessamos… 

… a que se seguiu a participação amabilíssima de poetas e amigos das Caldas da Rainha:

– Isabel Gouveia, que muito em breve lançará belíssima colectânea da sua obra poética.

– Joana Cavaco

– Jorge Valadas

Tânia Basílio, do grupo Bailado Yôga, sob orientação dos professores António Ferreira
e Manuela Soares

– Participação, também de poetas e amigas de Coruche:
– Ana Freitas

– Rosário Freitas
– Participação, ainda, de poetas e amigos de Oeiras e de Cascais

– Eduardo Martins

– Estefânia Estevens

– Francisco Lampreia
– Cumpriu-me agradecer, reiteradamente, tantos mimos que, se me emocionam, não deixam, por outro lado, de agudizar a noção de responsabilidade que lhes deve ser subjacente.

– eu

– No encerramento da sessão, o  Concerto do Orfeão Caldense, dirigido pela professora Ruth Horta.
E haverá sempre mais. Que se mantenha em nós, para tanto, engenho e arte!

– fotografias de Lourdes Calmeiro