Autor de A Sátira na Poesia Portuguesa – e a Poesia Satírica de Nicolau Tolentino, Guerra Junqueiro e Alexandre O’Neil (Edição da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, integrando a série bibliográfica Textos Universitários de Ciências Sociais e Humanas, propõe-nos Carlos Nogueira, também com o apoio do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT), o seguinte desafio para a próxima sessão das Noites com Poemas:
Diz-se que Portugal é o país do Fado e da melancolia. Mas não é também o país da sátira? E o que é a sátira, em que formas se expressa, que fins se propõe atingir? Cruzando perspectivas, olhares e diferentes discursos satíricos, propomo-nos discutir se há uma sátira especificamente portuguesa.
Carlos Nogueira (IELT, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa) é doutorado em Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2008), onde detém também um mestrado em Estudos Portugueses e Brasileiros (1999) e licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas (1994). Lecciona sobretudo Literatura Oral Tradicional, Introdução aos Estudos Literários e Literatura Portuguesa e realiza investigação no Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa.
Isto apurei eu, que da parte de Carlos Nogueira não me foi encomendado tal sermão, em momento algum. Mas ainda muitos casos há em que os títulos nos titilam o espírito e nos aguçam a curiosidade. Mas, acima de tudo, têm razões para ser invocados. E eu estou em crer que este é bem um desses casos.
Das Conclusões da sua obra acima referida, cito: «A História portuguesa não se fez, não se faz, sem poesia satírica, mas dela não rezam, ou rezam muito pouco, a história, a teoria e a crítica literárias. Neste estudo, assumindo esse esquecimento e essa desvalorização, quisemos pelo menos libertar alguns textos da marginalização em que preconceitos ou circunstâncias de vários tipos os colocaram...». Ora, não vos parece este desafio bastante?
No próximo dia 18 de Novembro de 2011, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, como sempre.
E, como sempre também, contando com todos.