I – Pois é… tenho cá para mim que, à força de tanta dose de acabrunhamento e propostas para a miséria que os centrões do desgoverno têm vindo a implantar, em Portugal, nas últimas duas dezenas de anos, o bom povo português cada vez esteja mais reduzido à triste e vil condição de expecta dores.
Será neologismo ou corruptela linguística, como melhor vos aprouver. Mas receio muito mais que seja uma empobrecedora realidade.
Assistimos impávidos ou anestesiados ao esbulho das nossas fracas posses e esperamos que o amanhã ainda nos seja pior. Expecta dores, pois então…  
II – E, ainda a propósito da malfadada mudança da hora, lá anoiteceu ontem às cinco da tarde. E lá acordei hoje às 5h30, aue seriam as 6h30 de anteontem.
Menos dia para brincar, menos tempo para dormir, eis o resultado imediato desta «novidade» semestralmente renovada e sempre incomodativa, que nos chega, porventura, do tempo da revolução industrial e para a qual parece que ninguém, hoje, sabe muito bem para que serve, mas que se mantém com a constância de um metrónomo de um quotidiano delirante.