Talvez uma outra qualidade, além de outras mais divulgadas e motivo de falatório mais ou menos intelectual, deva ser realçada na obra de um autor: a consistente teimosia. Paula Raposo também detém esta, entre outras, numa persistente procura do intangível – que me consta ser preceito elementar de poeta que se preze.
Aqui fica o anúncio deste seu novo livro, com anúncio de lançamento para o próximo dia 15 de Outubro, no Estoril (ver pormenores no convite, abaixo).
Respigo do prefácio deste livro – com edição da Chiado Editora – da autoria da nossa inefável São Rosas: «Sempre vi na poesia da Paula um erotismo melancólico, claramente biográfico…». Apreciação que subscrevo.
Apareçam!
(clique sobre a imagem, para ampliar)
SEXO

Das palmas das mão 
saem as palavras 
mais belas;
falam de amor
e de saudade também;
pronuncio-as
ao longo do teu corpo:
dedilhando 
as cordas de uma guitarra.
Canto o doce mistério do sexo
– a química de nós – 
das palmas das mãos,
solto-te em amor.
– poema de Paula Raposo