Votem, por desgosto, por convicção, melancolicamente ou por desfastio, por amor ou por cidadania, por revolta ou por afecto, porque consideram que cada vez se vive pior ou, pelo contrário, porque cada vez se vive melhor, pela transcendência da vossa individualidade ou pela subjectividade do superior desígnio do concerto do universo, votem!
Votem pelos netos, pelos filhos, pelo vizinho, mas principalmente por vós próprios e por todos os demais, sem os quais pouco ou nada somos, votem!
Votem, também, pelos impostos que se pagam; façam ouvir as vossas vozes cuja intensidade deixará aos governantes passados e futuros a noção mais clara de que, afinal, a impunidade talvez não fique tão impune por desmandos praticados, votem!
Votem, pois se não o fizerem a vossa responsabilidade por omissão é tanto ou mais gravosa do que a daqueles que nos têm preenchido a vida de desconsolo. Votem!