A propósito de uma pequena polémica sobre o funcionalismo público, suas virtudes e defeitos e qualquer ausência de meritocracia, em Portugal, em que me vi envolvido recentemente, julgo que não interessa atermo-nos tanto à estéril polémica sobre saber, no universo do funcionalismo, quantos são os «bons» e quantos são os «maus», mas muito mais apurarmos que existe um sistema desenhado e sustentado que se apoia no compadrio – gerador de cumplicidades perversas – e, assim, tem como razão de ser a promoção da incompetência e, como corolário inevitável, a ineficácia funcional.
Este é, então, o sistema montado que premeia os «maus» da história, que mais não seja pela omissão, permitindo e incentivando que as disfunções se criem e medrem e se instalem nas repartições, primeiro, e, depois, nas nossas vidas e em todo o país, ao mesmo tempo que vota a um obsceno ostracismo todos quantos pugnam por «agitar as águas pantanosas». Aqui uma vez mais que mais não seja pelo subversivo exemplo que transmitem de abnegado esforço em prol da «coisa pública».
É neste quadro que podemos ver com outros olhos, por exemplo, a via sacra que os professores têm penado nos últimos anos – e, notemos uma outra vez, não TODOS os professores mas, essencialmente, aquela grande maioria que tem uma vida dedicada ao Ensino, aos seus alunos e – porque não dizê-lo? – às respectivas famílias desses mesmos alunos (…)
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