Como sempre, no próximo dia 20 de Maio, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais – São Domingos de Rana, terá lugar uma sessão das NOITES COM POEMAS.
Desta feita, a sessão terá, como aviso prévio, uma «bolinha» vermelha no seu canto superior direito, pois de poesia erótica e satírica se tratará. Num tempo de tão dissimuladas hipocrisias – em que um desabafo mais arrebatado de uma figura pública faz correr rios de tinta nos jornais, estúpida e deslocadamente – interessa recolocar o vernáculo no local a que tem direito.
Mais nos faltava, agora, ter de aturar inquisitoriais posturas por politicamente «correctas» atitudes de «puritanos» da treta, que por aí se escondem atrás das árvores, sempre à espera de oportunidade para esticarem o seu dedo mascarrado de tinta azul ao mundo!
Nesta sessão, de sua graça Sátiras e Erotismos de Versos Despidos, teremos como convidados:
Carlos Pedro (cápê) – autor de Antes Abril Depois e de Ó Simpático, Vai Um Tirinho?
Paulo Moura (que apresentará o livro de Joana Well)
Joana Well – com o lançamento do seu livro Brinquedo de Estranhos, Marioneta de Sonhos (edição da Apenas Livros)
Como elemento de algum esclarecimento e com o intuito de funcionar também como aviso prévio a espíritos de tímpanos porventura mais sensíveis, respigo, a este propósito, uma DeclaraSão de princípios e de intenções, constante no blog A Funda São (http://blog.afundasao.com/), e da autoria da sua principal mentora, a mui preclara São Rosas, declaração que considero da maior pertinência e que enforma, de algum modo, o espírito desta sessão:
«Este blog é alérgico a pornografia (o que mais por aí há e que me faz saltar o tampão): tráfico sexual, especulação financeira, salários e alcavalas de gestores públicos, catástrofes humanitárias – Sri Lanka, Darfur (Sudão), Somália, Congo,… – mudança de hora, ofensas pessoais, primeiro prémio do Euromilhões, destruição da auto-estima, corrupção, intolerância, violência, hipocrisia, guerra, terrorismo, injustiça, racismo, banha da cobra (excepto se for cuspideira)… isto é, tudo o que me fode mas não é nada erótico!»
O traje, claro, é de passeio. A vossa presença, imperiosa e urgente.