Para começar, no passado dia 8 de Maio, excelentes encontros imediatos …

… pela Feira das Velharias das Caldas da Rainha. 

Depois, os bravos combatentes preparando-se…

…para o combate renhido que os esperava

Iniciam-se as lides… Para esta sessão de poesia e canto contei com a companhia da Estefânia Estevens, do Francisco José Lampreia e do David José Silva.

Os Moscardos têm, nas Caldas da Rainha, um zumbir muito afável, pelo que os circunstantes se espraiaram na paisagem…

As fartas vitualhas configuraram um picnic muito cá da terra, com comezaina farta e variada, seguindo o sagrado princípio de que cada um leva de comer para si e para os outros.

Em encontro artístico, houve mãos para as artes, até no repasto…

E o certo é que, devagar, devagarinho, lá veio um e mais outros até que já se contavam por sete dezenas a rebolarem no relvado.

No momento de poesia, terá havido quem não primasse por dar bons exemplos de maiores serenidades…

… Felizmente, houve quem temperasse os ânimos…

… com outros saberes e posturas… E constou-me que o agrado foi geral, o que, no fundo, é sempre o que se pretende, quando não há ovelhas ronhosas em perturbações ambientais.

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Apresentação do livro com o apoio de Maria Francília Pinheiro, Carlos Peres Feio e Francisco José Lampreia.

Dia 12 de Maio, pela Livraria Barata, já em Lisboa…

… outro excelente encontro de amizades, onde prevaleceu a troca de experiências, muito enriquecedora.

Como qualquer outra manifestação artística, a beleza de ver sair das mãos laboriosas e habituadas… um coração de uma pedra. Meia dúzia de batimentos, quase carícias, mas assertivas e…   

… estava o mote dado para Ernesto Matos nos falar da sua e nossa calçada portuguesa, com a mestria que só muito «amor à causa» pode trazer… 

Pedro Miranda Albuquerque foi passeando pelo livro, desvendando a poesia da nossa calçada, poesia transposta para este belíssimo livro…

… competindo-nos, depois, erguer essa poesia do chão…

… e espalhá-la, de novo, aos quatro ventos, mesmo no espaço circunscrito… 

… desta também bela Livraria Barata – pois sabe-se lá onde vai parar a palavra solta! 

Palavra solta e livre, liberta calçada fora… Sabiam que o pavimento desta livraria também é em calçada portuguesa?

Sabiam, ainda, que a Livraria Barata tem de pagar uma avultada maquia à autarquia de Lisboa para manter aquele pavimento distintivo no passeio? Enfim, coisas que nos levam a pensar que a poesia não pode, definitivamente, quedar-se em rodriguinhos, antes pelo contrário deve assumir o seu cunho de «arma carregada de futuro», do Gabriel Celaya.  

Luís Miguel Pereira, um dos últimos artistas na arte da confecção da calçada portuguesa, espanta-nos com o seu amor, sem tempo, à sua arte. Digno do maior crédito!
Contactem-no em luis.mj.pereira@hotmail.com ou pelo tm 913304949. A surpresa é garantida.   

O Ernesto lá levou a cabo mais uma interessante divulgação da arte que o encanta…
… e o Luís mostrou-nos que o céu pode estar onde menos se espera. 

– fotografias de Lourdes Calmeiro e de Jorge Castro