«Construir arquitectura é dar corpo aos sonhos, dar significado às ideias, expressar um diálogo entre a sociedade e a envolvente. Descobrir os meandros da arquitectura é explorar a natureza humana na realidade construída. Arquitectura é arte poética construída. Viver os lugares pode ser um acto poético.»
Isto me disse Miguel Brito, arquitecto e alegre companheiro destas aventuras pelos caminhos das palavras, aquando do encontro em que combinámos esta sessão das Noites com Poemas, na qual ele será o promotor do tema.
Dia 18 d Fevereiro (sexta-feira), pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, como sempre, contamos com a presença de todos e de cada um, também com um poema de sua lavra ou um poema que, tão simplesmente, lhe tenha caído no goto e que lhe apeteça partilhar.
Poderia, ainda, para mais suscitar a vossa curiosidade, trazer-vos um mimo, que a mim me apetece chamar poema, da nota de apresentação de um livro de Miguel Brito:
O Palácio das Fadas Tristes
É um pequeno conto de fantasia.
Tanta gente passa frente a esta ruína,
E tão poucos pensam nela.
Desconhecida a sua origem,
Esquecidos os seus habitantes,
Fica o sonho mudo feito de pedra,
O espaço por viver de um sonho maior:
Habitar e ser feliz.
E as fadas do tempo
Habitam o espaço
Que os homens esqueceram.