Pelo nosso futuro, por mim, pelo meu filho, por um País e um povo a perder a sua identidade e a sua independência, em cada dia, às mãos de uma corja infame que mascara o desgoverno em que lança esta nação, sob o manto enganador e pulha de alegadas «preocupações sociais», enquanto promove e protege sem barreiras de qualquer ordem, éticas e quantitativas, uma escassa minoria.
Contra a hipocrisia vigente de uma cáfila de verdadeiros traidores à pátria que se governam à custa da expansão da miséria e do sofrimento alheios, de onde colhem proventos, com o beneplácito dos sucessivos governos do «centrão».  
A favor da criação de uma Associação de Luta Contra a Riqueza – já que em luta contra a pobreza parece haver instituições que avonde… -, quando aquela se encontra desmesurada, oculta, opaca. E que os seus fautores sejam remetidos para o único alojamento que lhes é condigno: a cadeia.

Pela reabilitação urgente do tecido produtivo de Portugal, da indústria à agricultura, passando pelas pescas. Pela reabilitação, também urgente, do nosso património edificado, da malha urbana habitacional aos monumentos de que se fez a nossa História. Contra os ditames de Bruxelas, da Alemanha, dos Estados Unidos, da China, dos «mercados» ou do Diabo a sete, que transformam os nossos políticos em simples marionetas de interesses que nos são alheios. 

Amanhã, dia 24 de Novembro, é o dia e a oportunidade rara de voltarmos a encontrar-nos com o nosso destino. E isso pelas nossas mãos. 
Contra aqueles que dizem que a greve para nada servirá, pois tudo ficará na mesma, lembremos-lhes Abril de 1974. O dia em que o nada nos serviu para tudo!
Não hesites! É dia de se ouvir a tua voz da forma mais clara: em actos!
A greve é um direito que cabe aos descontentes. Não é uma obrigação porque há-de ser apenas a tua consciência a comandá-la. O seu contrário, por muita justificação que aparente ter, assume apenas um nome: medo.  
E o teu medo não fará História. Nem a falta de solidariedade que manifestes, sustentada em razões menores, dará as bases a um mundo melhor.