ABRIL – HOJE
Abril
é hoje
esta sombra que nos foge
por trás de foscas vidraças
algo em nós que se descobre
mas que é manto que nos cobre
num espanto
de mordaças
Abril
é hoje
esse jeito de trazer preso no peito
desencantos sem esperança
algo em nós que abandonámos
sob um manto de promessa
entre mágoas desenganos
e canções
feitas à pressa
mas Abril
é hoje
sim
porque Abril te quero assim
sempre num cravo a florir
num peito aberto à loucura
num grito feito aventura
esse o Abril
da lonjura
futuro mais que perfeito
esse o Abril
hoje feito
Abril que se há-de cumprir.
– poema e composição fotográfica de Jorge Castro
Porque Abril se confunde, nas minhas memórias, com as canções do Zeca, constituindo um todo indissociável e simbiótico, aqui fica o fundo musical necessário… e urgente.
Porque Abril se confunde, nas minhas memórias, com as canções do Zeca, constituindo um todo indissociável e simbiótico, aqui fica o fundo musical necessário… e urgente.
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Vejam, também, AQUI o artigo de Pedro Laranjeira, na FreeZone, com fotografias minhas, inéditas, de 25 de Abril de 1974.