O problema é sucinto:

1. Chegam os computadores às escolas;

2. Os computadores são ligados, para o funcionamento espectável – com ou sem ministro à vista, o que dará um resultado idêntico;

3. Uma sala de aula pode ter duas tomadas para 14 máquinas, que «alimentam» 28 ou 30 alunos;

4. Não há quem transporte os computadores (portáteis ou nem tanto) de sala em sala, o que motiva que, regra geral, são os profs a aguentarem com as dores nas cruzes, em tarefas que eufemisticamente poderemos chamar de não-lectivas;

5. Todos os computadores ligados, mais o restante equipamento, e conclui-se que não há potência necessária instalada na Escola que aguente tal carga. O reforço de potência necessário carece de um projecto específico para o efeito, de árdua confecção e obscuro processo;

6. As verbas disponibilizadas para o exercício do ano lectivo, entretanto, ou são muito bem geridas ou não chegam para os encargos com os anti-vírus, o que motiva que, depois da segunda semana de utilização, metade dos equipamentos estejam inoperacionais;

7. Não há ninguém – para além de uns profs carolas e não pagos – que faça a manutenção dos equipamentos;

8. Não há acções de formação para os profs se entenderem com os equipamentos…

Isto é o que eu vou sabendo dos profs e encarregados de educação amigos. Muito mais haveria a enunciar, mas este elenco parece-me bastante para se apurar que a situação é, verdadeiramente e no mínimo, chocante.

A qualquer anormal que queira estabelecer paralelismos com a Finlândia recomendar-se-á um teste de alcoolemia na esquadra da PSP mais próxima.