Rumo às Caldas da Rainha e a um cozido à portuguesa, no Restaurante o Selim, para início de conversa… Por lá decorre a 1ª Mostra Erótico-Paródica das Caldas da Rainha – Terra das Malandrices, o que é suposto constituir condimento necessário – que não se revelou, entretanto, suficiente – para o êxito do encontro.
Valeu o espírito dos convivas que supera, sempre, as expectativas (e as exposições com que se contava…), modelando esse barro que dá forma a um salutar cnvívio, de que andamos tão carenciados.
Dir-se-ia que, pelas Caldas da Rainha, o ambiente é fértil na promoção de inusitadas malandragens…
Depois, se nos imiscuirmos nos meandros da problemática, acabaremos por concluir que nem é tanto assim, falhando rotundamente quem assumiu institucionais responsabilidades mas cuja margem de subversão está arredada de tais pensadoras cabeças.
Mas o que interessa é a predisposição com que o grupo sempre se empenha em arejar ideias contra o habitual cinzentismo dos dias…
Antes de mais, uma passagem pelo mercado da fruta, esse sim genuíno, de legumes e de outros mimos da região, onde não faltaram sequer os beijinhos das Caldas e outras meiguices, como ponto de encontro, rumo a mais uma efeméride promovida pela Dona São…
Fizeram-se acções de rua, com música, canto e poesia, sem patrocínios ou empurrões, apenas pela fruição da coisa…
Calcorrearam-se, depois, os diversos espaços onde, se se podia testemunhar alguma irreverência criativa nos expositores, o abandono ou ausência de motivação, nesses mesmos espaços, deixava nas mãos da paciência e do espírito de curiosidade do visitante todas as despesas dos circuitos.

Chegou a constar que havia um grupo excursionista evoluindo pelas Caldas e que, em boa verdade, proporcionou algum calor humano aos espaços que mereceriam – até pela temática – outro calor ambiental, promovido pelas instituições envolvidas.











Ao Paulo, à Joana e à Mariana fico devedor de mais uma belíssima versão cantada de um poema meu – ainda há-de sair cd, gentes!
Houve, ainda, quem se encontrasse, reencontrasse e treencontrasse, folgando e rodopiando a bel-prazer, com invejas indisfarçadas e explícitas de alguns outros.

Daqui vos asseguro, amizades, que só mesmo caso de forcinha muito maior me impedirá de estar no próximo… e isso é mesmo o que de melhor trago destes excelentes encontros: a saudade já do futuro!