Não consigo entender aqueles que não votam. Excluindo, talvez, aqueles cuja condição física os impeça – e que não acredito que constituam 40% do eleitorado.
Independentemente dos resultados – que para isso nos sobejam analistas, politólogos e outros quiromantes e astrólogos – eu estranho a demissão e/ou oportunismo de quem anda neste mundo apenas, aparentemente, para ver andar os outros.
Animais invertebrados que traduzem o seu antagonismo ou, até, o seu comodismo nesse não-ser e não-fazer… mas que são já quase metade da população eleitoral.
Amanhã fará o quê cada um dos absentistas com a sua consciência, presumindo que a tenha ou que, tendo-a, ela ultrapasse a dimensão do seu próprio lastro?
Quanto ao mais, aos resultados eleitorais, e a bem do regime democrático, tenham lá santa paciência, mas ainda bem que acabou a maioria absoluta. E mais não digo e nem me parece que seja preciso.