Tiveram um fim, como tudo tem.
Não cheguei aos 30 «postais» porque não. Mas ia chegando… Não cheguei a ir a todos os destinos a que me propusera, mas fui à maioria. Partilhei, neste espaço, relatos sobre alguns desses destinos. E partilhei com vários amigos os próprios destinos de férias.
Fiquei a saber um pouco mais sobre várias coisas, pessoas, lugares, bagagem que me acompanhará ao trilhar caminhos de destinos do futuro.
Como remate, sem especiais pretensões, deste calcorrear, também, os caminhos das palavras, que tanto têm enriquecido e dado sentido à minha vida, deixo-vos um apontamento que colhi de uma entrevista feita a Mário Zambujal, na revista Ipsilon (do Público, 26 de Agosto), conduzida por Helder Beja, a propósito do novo livro publicado, Uma Noite Não São Dias:
“Já o Laborinho Lúcio [antigo ministro da Justiça] dizia que ‘não se é político, está-se político’. Eu também estou escritor agora, outra vez. O ser carrega uma obrigação que não me agrada.”
Caiu-me no goto esta «humildade orgulhosa» do Mário.
Por aí se atinge um objectivo: fazer-se algo porque se gosta e gostar de ser capaz de o partilhar, bem mais do que um destino de férias, pode muito bem constituir um destino de vida.