– fotografia de Jorge Castro

Prelúdio em tom maior, de afinada sinfonia assardinhada. Na rua, sob um dossel de árvores. Abertura com um moscatel estupidamente gelado. Pão saloio, à espera dos óleos essenciais. Vinho, de preferência, bom e tinto. Queijos, vários, nacionais, amanteigados ou nem tanto. Conversa da boa, com amigos, sem horas nem compromissos. Fruta fresca e fria, quanta se possa. Um café, cheio ou curto, com ou sem açúcar, a gosto. Um medronho, gelado também, com aquele sabor da terra. Um Porto, talvez, ou um Carcavelos…
Pelo meio e quase em ritual à sardinha, até há quem diga um ou dois poemas alusivos ao repasto e ao convívio.
A tarde corre amena e prazenteira. De seguida, um passeio junto ao mar… Um pôr do sol, a que algumas nuvens emprestam profundidade…