Entre 26 de Junho e 4 de Setembro (sextas-feiras, às 22 horas) decorre, na Fábrica da Pólvora de Barcarena (Oeiras), o Festival Sete Sóis Sete Luas, que nos vem habituando, ano após ano, a um inegável padrão de qualidade, naquilo que a alguns chamam «músicas do mundo», como se as outras o não fossem.
(É verdade que, ouvindo alguns dos cromos que enchem os Pavilhões Atlânticos, por vezes me assalta a dúvida se aquilo não serão extraterrestres…).
Não é, em meu entender, definitivamente o caso destes outros a que assisti na passada sexta-feira, os galegos Fia Na Roca.
Uma vez mais, ao apreciar a garra com que estes seres enchem um palco com sonoridades que nos enchem a alma e que titilam recônditos lugares nossos, que em nós habitando, deles andamos perdidos, sinto nos galegos essa proximidade de irmãos. Bem hajam por isso.
Não acreditam? Passem, então, por aqui
ou por aqui
ou por aqui
Se derem por vocês a saltitarem, baterem com os pés no chão, aos saltos catárticos ou a baterem palmas e com um inesperado sorriso nos lábios, entenderão o que me vai na alma.