Após um animado e prazenteiro convívio com quem ia chegando, e de um confortável repasto – obrigado, senhor Sampaio! – teve início a segunda parte, pelas 21h30.Com a moldura da exposição de Pintura Cidades em Construção, de Maria Eduarda Oliveira, tiveram lugar as mesuras e agradecimentos devidos a quem se empenha para que cada sessão tome forma e conteúdo. Aqui uma palavra à Lídia Castro e à Lourdes Calmeiro, que sempre me têm acompanhado, desinteressada mas empenhadamente, na organização e logística das sessões.
Os agradecimentos estiveram, como nos competia, a meu cargo e da Fernanda Frazão, da Apenas Livros.
Passados os preâmbulos, a sessão teve início com a leitura do texto de um dos autores das Estórias do Amanhecer, com 9 anos de idade, texto esse muito adaptado às circunstâncias que envolvem esta comunidade – porque assim já pode ser nomeada – e que serviu de mote para o que se avizinhava.

A Fernanda Frazão leu uma mensagem dirigida à assistência, remetida pelo poeta asturiano José Luis Campal, justificativa de ausência, mas congratulando-se com a realização do evento, que contava, também, com obra sua publicada pela Apenas (Llibretina de tornes).

Júlia Zulus (oboé) e Luís Morais (violino), mestres em Viena, que se deslocaram propositadamente para esta sessão, embeveceram a assistência com o alto nível das suas interpretações, criando uma envolvente mágica… que, entre outras coisas, teve o condão de elevar bem alto a fasquia da qualidade para cada um dos presentes.

Bach, Mozart, Tilemann… também eles, pela mestria destes excelentes intérpretes, engrossaram o caudal que a todos envolveu e inspirou.

Dando lugar aos Poetas e à Poesia, Joana Ruas disse Floriano Martins…

Maria Francília Pinheiro, uma vez mais, nos deu a sua arte de tão bem dizer, mesmo quando o conteúdo seja de maldizer…

Carlos Peres Feio, sempre poupado no tempo, traz a prodigalidade dos afectos em redor desse ser sublime que é a mulher…

Clarinda Galante emprestou e bem a sua voz à Paula Raposo, que (bzzzzz…) escreve bem, mas furta-se à leitura, em voz alta… e ainda se há-de descobrir porquê.
Francisco José Lampreia contou com uma audiência atenta e interessada…

E João Baptista Coelho surpreende-nos sempre com a sua juventude e força anímica. E ainda nem é poeta da Apenas… Mas há-de ser!
Ana Freitas surpreende-se com uma sua missiva em forma de poema, trazida à sessão de forma inesperada e muito aplaudida pela sua actualidade e espírito de combate.
Estefânia Estevens, acompanhada por Mário Piçarra, deslumbra-nos e presenteia-nos com uma interpretação muito pessoal de trabalhos do José Afonso.
Numa pequena homenagem a Hipólito Valente, co-autor com Mário Piçarra, um poema que conheceu a luz num álbum dos Terra a Terra é interpretado a duas vozes e dois estilos…







