sem rumo
aponto ao infinito o acerto incerto
e sinto o duro chão
de mim mais perto
sem voo ainda
ou mão
onde me aprumo

melhor se não houvera
tanto muro
ali onde devia haver caminho


e saber-me futuro
é impreciso
num presente sem ninho
onde agonizo

– fotografia e poema de Jorge Castro