De uma cantora (como de um cantor) deseja-se que nos traga uma bela voz. Não um belo rosto ou um pedaço de corpo…
Uma concorrente de um famoso programa britânico, Susan Boyle (ver vídeo aqui), um pouco à imagem e semelhança de Paul Potts que encheu recentemente o mundo de surpresa com uma portentosa voz, ajuda-nos a reequacionar as coordenadas pelas quais pautamos os nossos gostos e preferências.
Tremenda a sensação de vermos, no espelho do nosso consciente, o quão errados podemos estar ao permitirmos que estranhos, por estranhas razões, formatem os nossos cérebros com tanta ideia preconcebida.
Dizer depois que nos emocionámos – como eu me emocionei, ao ouvi-los… – acaba por ser, afinal, um exercício de piedade para connosco próprios.
Bem hajam Susan Boyle e Paul Potts, por nos reconduzirem à condição de seres humanos.
Dois extraordinários exemplos da aplicação à Vida do avessoscópio, aparelho fabuloso inventado pelo meu amigo Rui Farinha para engrandecimento das nossas almas terrenas.